quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Filme Nosso Lar

Acho que todos nós queremos fazer, um comentário logo que saimos do cinema sobre o filme, não é mesmo?
Eu também. Mas durante a exibição do mesmo, fiquei muda e depois que a sessão terminou idem. Não foi a toa minha aparente mudez. Lemos e relemos várias vezes o livro(pelo menos acho que é assim ou deveria ser) mas encontramos sempre coisas novas inéditas, que não foram, absorvidas no momento da leitura. Fiquei muda pensando, como será, que chegarei ao plano espiritual, que bagagem levarei comigo, passarei pelo umbral ou não, e mergulhei em observações profundas ao meu respeito. Cada cena que se desenhava, formava em mim uma pergunta interna, a quem devo perdoar, o que estou criando em minha volta, e me lembrei também da minha impaciência em tudo que tenho que fazer, é pra ontem: sempre argumento.
Sente um friozinho, que me percorreu incomodamente, a espinha, porque na realidade, mesmo que um pouquinho distorcida da verdadeira, estava ali no telão, e apontava para dentro de mim, o que eu estava fazendo, quais escolhas estava tomando na vida. Realmente, eu precisei ficar muda, para compreender a razão da fala, da visão, da audição, do tato e do paladar. O que isso tem a ver com o filme, muito meus caros, é só assentar na frente do telão, e se colocar ali, no lugar do nosso amado André Luiz, e compreenderemos, para que nos serve os cinco sentidos, mais o nosso pensamento, as nossas escolhas e os nossos sentimentos.
Beijos, Clemilza Maria

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